Certa tarde, no início dos anos 50, em Ponta do Mel, município de Areia Branca/RN, lá vem tio Francisco Rodrigues Xavier (Chico Calunga) montado em sua jumenta, com a camisa enrolada, cobrindo as partes íntimas que estavam sangrando. Vendo aquela situação, mamãe (Luzia Rodrigues de Souza), sua irmã, foi logo perguntando:. Compadre Chico, o que está acontecendo com vc? Aí ele respondeu: Ô comadre Luzia, não sei mais o que vai acontecer comigo. Eu vinha descendo a Serra, aí a jumenta tropeçou e eu fui lançado prá frente, aí aconteceu esta desgraça comigo. Na queda, qdo fui lançado ao chão, escorreguei da cangalha da burra, rasgando as calças e o saco escrotal, no cabeçote. Então minha mãe, verificando a situação, e sem ter outra alternativa, gritou para meu irmão Sebastião Leite: Sebastião! Corra urgente nas casas da Marinha e diga ao Compadre Pio Faroleiro que venha urgente aqui em casa "cozer os ovos de Chico Calunga". Nisso instalou -se um clima de desolação e também de descontração pelo inusitado da situação. Mamãe e Tia Chiquinha chorando de um lado, os meninos bolando de rir noutro e Tio Chico se lamentando, com medo de não "prestar mais", segundo as palavras dele. Vale salientar que o procedimento foi realizado à "cru", tendo o velho emborcado meia garrafa de cachaça como anestesia. O velho continuou "prestando"!.
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).
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