Cantada por muitos em verso & prosa, São Paulo para mim é um caso de amor. É o mundo dentro do mundo. É a cidade onde se irmanam pessoas de todos os gêneros, raças, cores e línguas. É vida pulsando, vibrando, lutando, trabalhando, construindo num ritmo frenético e incessante.
São Paulo é a mais cosmopolita das cidades. É o Nordeste sendo festejado no Centro de Tradições Nordestinas, são os violeiros no Brás, e Munique nas Cervejarias de Moema, quebra de pratos nos restaurantes gregos. É Tóquio residindo na Liberdade e as ruas de Beirute circulando nos balcões da Avenida São João.
São Paulo é a capital do Nordeste. Lá muitos nordestinos vivem sob o frio frieza de São Paulo, e a cruz distante que ficou à beira da estrada do Nordeste distante. Distante e presente. Vivo, saudoso, dolorido. É acordar, pegar o metrô, o ônibus, o trem, trabalhar e voltar prá casa. Dormir, refazer as energias e repetir tudo novamente, sempre. Visitar São Paulo é visitar o mundo.
Nenhuma cidade no mundo habita sem nenhum preconceito tantos povos, culturas e tradições.
Sinto saudades da Praça da Liberdade e da Colônia Japonesa. Do Brás e suas lojas. Da 25 de março e seu comércio popular. Da Avenida Paulista, o centro financeiro da América Latina.
Do Parque do Ibirapuera com seus museus e exposições, com seus 130 hectares de pura beleza e natureza exuberante. Porisso digo e repito, São Paulo prá mim é fundamental.
É me encontrar com o passado, viver intensamente o presente e visualizar o futuro.
Mas enquanto a pandemia não acaba vamos ver a letra de Sampa, de Caetano Veloso e matar as saudades?
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).