Se fosse possível eliminar o coronavírus a bala, os brasileiros estariam bem servidos. Jair Bolsonaro acaba de zerar as alíquotas de importação de revólveres e pistolas.
Como boa parte do arsenal da bandidagem entra no país de forma legal, para depois ser desviado para a clandestinidade, em breve poderemos ter traficantes e assaltantes de banco ostentando pistolas de grife. Pais de crianças mortas em tiroteios nas favelas poderão se consolar com o fato de que a bala saiu de uma arma estrangeira.
Com notável senso de oportunidade, ou como provocação mesmo, o presidente alardeia a medida armamentista nas redes sociais, no momento em que seu governo parece ser mais um obstáculo do que um facilitador da vacinação contra a Covid-19.
Subitamente preocupado com a “comprovação científica”, algo que nunca aconteceu no caso da cloroquina, ele insiste em prazos alongados de análise e liberação dos imunizantes pela Anvisa, enquanto governos civilizados estudam meios de abreviar esses processos.
Ao mesmo tempo, seu anti-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, suposto gênio da logística, faz cara de paisagem diante das evidências de que deixou de providenciar insumos como seringas e agulhas na quantidade necessária para a vacinação de um país de dimensões continentais. FONTE:- Thurbay Rodrigues Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental aposentado).
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