Pouco conhecido, mas de grande valor!
Vivemos em um momento onde um vírus produz medo na humanidade, uma pandemia. Vírus e bactérias, embora tão pequenos, podem ser letais.
A tuberculose é produzida por uma bactéria e ceifou vidas de grandes personalidades ao redor do mundo! Entre aquelas personalidades, destaco os poetas Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, Castro Alves e Casimiro de Abreu; os escritores José de Alencar e Cruz e Sousa e os compositores Noel Rosa e Sinhô. Entre as personalidades internacionais, alguns dos citados são Dom Pedro I (do Brasil), o líder político boliviano Simón Bolívar, o inventor do alfabeto para portadores de deficiência visual, Louis Braille, o pianista e compositor Frédéric Chopin e os escritores Franz Kafka e George Orwell, alguns deles já mencionados em nossa página. Mas a personalidade de hoje nasceu em São Paulo em 4 de janeiro de 1891 e seu nome é Manoel Dias de Abreu. Graduou-se em Medicina em 1914 no Rio de Janeiro, cidade onde faleceu em 1962. Recém-formado, viaja para Paris, onde torna-se diretor do laboratório da Santa Casa de Paris. Naquela mesma cidade fez estudos de radiografia dos pulmões. Em 1921 publicou uma obra considerada pioneira: "Radiodiagnóstico na tuberculose pleuropulmonar". No ano de 1922 retorna ao Brasil e assume no Rio de Janeiro a chefia do Departamento de Raios X da Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose. Incansável pesquisador - mesmo com todos a sua volta desanimados - ele permanecia acreditando que algo bom construiria para auxiliar as pessoas que sofriam com aquela moléstia. Criou então um método barato de obter pequenas chapas radiográficas para auxiliar o diagnóstico da Tuberculose e do Câncer de Pulmão. Essa invenção recebeu o nome de abreugrafia, batizada em sua homenagem e reconhecido por todo mundo.
Tivemos grandes personalidades brasileiras na Medicina, a exemplo de Carlos Chagas, Vital Brazil, Oswaldo Cruz e outros. Manoel Dias de Abreu está entre os grandes vultos; recebeu seis indicações para o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, sendo quatro indicações em 1946, uma em 1951 e uma em 1953, mas infelizmente o Prêmio não ficou em suas mãos - aliás, nunca um brasileiro foi agraciado com um Nobel.
Além de exercer a pesquisa médica, sua nobre alma publicou obras poéticas: "Substâncias", ilustrada por Di Cavalcanti e "Poemas sem realidade", que ele mesmo ilustrou.
O importante é que hoje ele seja lembrado e valorizado.
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