Lara Bianca Vieira Dias tem apenas 13 anos e ainda brinca de boneca, como outra criança qualquer. Porém, apesar da pouca idade, ela se destaca entre os jovens de sua faixa etária, disputando prêmios científicos em nível nacional, feito gente grande.
Aplicada, é um talento nato. Natural de Antônio Martins, no Alto Oeste, a estudante cursa o 7º Ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal José Inácio de Carvalho.
Com a orientação da mãe, Ivana Vieira, também professora, a estudante desenvolveu um projeto para a feira de ciências da escola que vem arrebatando prêmios por onde tem passado.
A estudante criou uma máscara facial, para a região da boca, contra o vírus da Covid-19, totalmente ecológica, produzida a partir de materiais biológicos, e de origem vegetal.
“Meu objetivo era achar uma maneira que pudesse diminuir os impactos causados pelas máscaras que estão sendo utilizadas na pandemia de Covid-19”, explicou Lara Bianca.
A estudante contou que, quando decidiu desenvolver o artefato, sua intenção era criar algo acessível, tanto do ponto de vista de produção quanto financeiro. E assim foi.
Em meio a pesquisas e testes, a jovem cientista constatou ser possível utilizar a fibra do coqueiro e a resina do cajueiro para a confecção da máscara, com a vantagem de poder ser descartada após o uso, sem causar dano ao meio ambiente, visto que a produção é visivelmente sustentável e de custo zero.
Depois do sucesso no município, Lara Bianca foi 1° Lugar na feira da 14° DIREC, em Umarizal, e na Feira de Ciências do Semiárido, promovido pela UFERSA.
Com o projeto, a estudante foi classificada para participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) 2021, que ocorreu em março, realizado anualmente pela Universidade de São Paulo – USP, voltado à jovens cientistas, sendo ainda considerada a maior feira do segmento no país. O resultado saiu no último dia 27 de março.
Concorrendo com cerca de 1.250 projetos inscritos, e mais de 4 mil estudantes, Lara Bianca ganhou como prêmio destaque na Área de Ciências Biológicas, uma credencial pra uma Feira Internacional na Colômbia prevista para Junho e uma Bolsa de Pesquisa (Cientista Júnior) oferecido pelo CNPQ, além de medalha e certificado.
O projeto dela foi tão bem avaliado que um dos membros da bancada examinadora teceu elogiosos comentários. Animada com a premiação, a estudante espera que sua invenção sirva de inspiração para baratear o acesso às máscaras.
Enquanto isso não ocorre, Lara Bianca pretende seguir adiante com seus estudos, participando de outras feiras de ciências, e dividindo o tempo com as brincadeiras de criança.
Fonte: Blog de Antônio Martins.
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