Bruno Barreto
A questão foi muito bem levantada no Twitter pela ex-secretária estadual de educação Cláudia Santa Rosa:
Desde que compreendi que, no RN, não há perspectivas de retorno das escolas públicas com as aulas presenciais, venho chamando a atenção para a necessidade de se viabilizar as condições para a inclusão digital. Estamos diante da “Geração Covid”, estudantes sem direito de aprender.
A fala dela mostra o quanto o debate sobre a educação durante a pandemia está sendo mal conduzido no Rio Grande do Norte. Isso vai do vereador menos votado de Viçosa à governadora Fátima Bezerra (PT), passando por prefeitos, casas legislativas e bancada federal.
O que se discute no Estado é se educação é serviço essencial. Chega a ser bizarro aprovar uma lei dizendo tal obviedade.
A questão é que é possível dado o contexto pandêmico fazer bom uso da tecnologia para manter as aulas. Temos problemas com isso? Claro. Mas a realidade que se impõe torna o ensino remoto como única alternativa por ora.
Mas em vez de discutir as condições digitais para os alunos mais carentes, ficam nossos deputados e vereadores ficam apresentando inócuos projetos que tornam educação serviço essencial e a governadora e os prefeitos não discutem uma política de inclusão digital.
As escolas particulares fazem lobby pelo retorno das aulas presenciais num contexto que empurra essa reivindicação para a responsabilidade.
Na outra ponta alunos, funcionários e professores expostos ao vírus contribuindo para piorar o quadro.
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