Me deixou, Ariano Suassuna, a Lição: "é muito difícil vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e os país dos despossuídos..."
Eu diria, também, que o país desardado da sorte dos poderes da República, é o que, atualmente, deixa nossas já cansadas retinas acinzentadas,roubando, destarte, o banquete dos nossos espíritos... Que pais é este, meu Deus, que os homens do poder bradam, de vez em quando, a voz do povo é a Tua Voz, Senhor, que És o nosso bem, nosso caminho, nossa verdade e a vida...
Se o sonho nos levassem à frente, conseguiríamos nossos objetivos; mas no Brasil atual, nossos sonhos nos trazem inquietações nos arremessando ao renegado começo onde nos vimos deformados e diminuídos, como se fôssemos formados do barro que "sobrou lá no Éden.".
A nossa tarefa de viver nesta envelhecida República que Deodoro da Fonseca inventou, nunca jamais teremos fascinantes sonhos, não conseguimos voar na amplidão do nosso universo, porque somos pássaros de asas partidas entre os montes que foram construídos como obstáculos para os nossos vôos.
Que país é este, meu Deus?
Se Renato Russo fosse vivo, ainda estava perguntando no seu deserto: "que país é este, onde a vida vale tão pouco? Que país é este, que não tenho a certeza de voltar pra casa, se o maldito coronavirus me atingir com sua seta letal, me levando à intubação, não sei se volto para casa... Se neste país de Alice os heróis não voltam para casa, não vale a pena ser herói.
Socorra-nos Senhor!
De joelhos de pedimos.
Jornalista Nazareno Silva.
Parabéns, Jornalista Nazareno Silva, por sua Escrita tão abrangente, só momento que estamos vivenciando.
ResponderExcluirGoretti Gargiulo