Especialista afirma que a escolha pode ser perigosa pois atrasa a imunização e pode prolongar a circulação do coronavírus.
Uma situação atípica vem preocupando os gestores estaduais em relação ao avanço da vacinação no Rio Grande do Norte: muitas pessoas estão com restrição e escolhendo algumas “marcas” de vacinas. O Agora RN recebeu informações de que, nesta segunda-feira 5, em alguns pontos de imunização, as pessoas estavam voltando para casa sem tomar vacina por causa do fabricante. No momento, estão disponíveis para os potiguares os imunizantes da Pfizer, Astrazeneca, Janssen e a Coronavac. À reportagem, a imunologista e professora da Universidade Federal Rio Grande do Norte (UFRN), Janeusa Souto, ressaltou a eficácia de todos os imunizantes disponíveis e destacou que a escolha pode ser perigosa. Imunologista e professora da UFRN, Janeusa Souto.
Foto: Cedida “Não orientamos a escolha por vacinas. Todas elas são eficazes, independente da farmacêutica. Hoje, o Brasil vem apresentando uma queda de internações e infecções na população idosa e isso é fruto da vacinação. Então, não tem o menor sentido as pessoas escolherem o tipo de vacina, a efetividade do imunizante é o que de fato importa. O importante é tomar a vacina que está sendo disponibilizada, seja ela qual for, só assim o vírus pode parar de circular. Quando a população deixa de tomar, há maior risco de se infectar, de progredir para gravidade e morrer – por um simples fato de escolha. Isso é muito perigoso. A escolha da vacina atrasa o processo, a escolha pela vacina é a escolha pelo vírus”, pontuou. Em Natal, recentemente, o secretário de Saúde George Antunes fez um apelo para que a população procure os pontos de vacinação. “Na capital não divulgamos o tipo/marca/laboratório da vacina que está sendo aplicada, a população deve procurar os pontos de vacinação quando chegar na sua idade ou grupo prioritário. Toda vacina tem eficácia”. afirmou. Vários municípios potiguares estão conseguindo avançar na faixa etária em função da baixa procura. Natal está vacinado o público com 41 anos ou mais sem comorbidades. Já Mossoró ampliou nesta segunda-feira 5 a vacinação para pessoas com 39 anos sem comorbidades. Parnamirim, na Região Metropolitana, iniciou a vacinação para o púbico com 40 anos ou mais e São Gonçalo do Amarante vacina o público com 39 anos.
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