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sábado, 21 de agosto de 2021

EM DOIS MESES, BRASIL VAI DA 10 À 5ª POSIÇÃO ENTRE OS PAISES COM MAIS MORTES POR MILHÃO PELA COVID-19.

Em dois meses, o Brasil avançou da 10ª para a 5ª posição entre os países com mais mortes por milhão de habitantes pela Covid-19. Os dados são da "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford.

Entre 10 de junho e 10 de agosto, a taxa de mortes brasileira se tornou maior que as de Eslováquia, Montenegro, Bulgária, San Marino e Macedônia, ficando atrás apenas de Peru, Hungria, Bósnia e República Tcheca.

No período, as mortes por Covid-19 no Brasil passaram de 2.267 por milhão para 2.657 por milhão. Nesta quinta-feira (19), era de 2.694 por milhão.

Em termos absolutos, o Brasil é o segundo com mais mortes pelo coronavírus: 573.658. Em primeiro, estão os Estados Unidos, com 626.225.

Veja a lista de países com mais mortes proporcionais por Covid-19 do mundo:

1. Peru: 6.081 óbitos a cada 1 milhão de habitantes
2. Hungria: 3.110
3. Bósnia e Herzegovina: 2.962
4. República Tcheca: 2.837
5. Brasil: 2.694
6. Macedônia do Norte: 2.691
7. Bulgária: 2.653
8. San Marino: 2.651
9. Montenegro: 2.646
10. Colômbia: 2.435
11. Argentina: 2.430
12. Eslováquia: 2.298
13. Bélgica: 2.184
14. Paraguai: 2.174
15. Eslovênia: 2.134
16. Itália: 2.127
17. Croácia: 2.020
18. Polônia: 1.989
19. México: 1.949
20. Reino Unido: 1.939

Dos países à frente do Brasil, o mais populoso é o Peru (32,5 milhões de habitantes). Em seguida estão República Tcheca (10,7 milhões), Hungria (9,6 milhões) e Bósnia e Herzegovina (3,3 milhões).

Mortes em queda
Apesar do avanço em relação a outros países, as mortes por Covid-19 estão em queda no Brasil nos últimos dois meses.

Desde o último pico, em 19 de junho, quando foi registrada a média móvel de 2.073 mortes, o índice vem caindo continuamente. Em 19 de agosto, estava em 821 mortes, menos da metade.

O patamar, no entanto, ainda está entre os mais altos do mundo. Apenas a Indonésia, com média de 1.281, e os Estados Unidos, com 862, têm médias móveis maiores.

Patamar ainda alto
O pesquisador Marcelo Gomes, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, explica que o avanço em relação a outros países mesmo com a queda nas mortes se deve ao fato de o patamar de óbitos ainda estar muito alto no Brasil.

"Por mais que esteja em um processo de redução, é uma redução a partir de um patamar extremamente elevado. Portanto, mesmo durante essa queda ainda são números expressivos", afirma o pesquisador, que coordena o Infogripe da Fiocruz.

Ele afirma que, mesmo com a queda, os casos graves e internações se mantiveram até o fim de julho em um patamar mais alto que o pico do ano passado. Considerando um período médio de três semanas até a morte, esses patamares continuaram, portanto, acima do nível mais alto de 2020 até recentemente.

"(O patamar) ainda está muito elevado. E isso que já temos o impacto da vacina reduzindo casos graves e óbitos principalmente na população idosa que já está com cobertura de D2 muito boa há mais de um mês", afirma.

Sul em queda, Norte em alta
Puxada pela redução nas mortes no Brasil, o índice de óbitos na América do Sul está caindo desde junho.

Em direção contrária está a América do Norte, que tem registrado alta nas mortes desde o fim de julho. Os números são impulsionados pelos Estados Unidos, que têm dificuldade para avançar na vacinação acima dos 60% e enfrentam surtos da nova variante Delta.

Especialistas afirmam que comparações que consideram a população são importantes para estudar a evolução e a distribuição da doença, mas que, durante a pandemia, vários fatores precisam ser levados em conta ao fazer tal cálculo, como o estágio da doença, o tamanho e o perfil etário da população, o nível de testagem, entre outros.

 g1.globo.                                           
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).

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