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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

DESASTRE:- INFLAÇÃO AFETA SETE EM CADA DEZ ITENS PESQUISADOS PELO IBGE EM SETEMBRO.

Uma preocupação adicional e crescente tem deixado milhões de famílias brasileiras intranquilas. Além da saúde, ameaçada pela pandemia, além do desemprego, em níveis muito altos no Brasil, também a inflação se tornou uma ameaça. Os índices recentes de preços mostram que ela se generalizou e segue firme, diminuindo o poder de compra dos cidadãos.

A inflação sempre teve seus vilões. Dessa vez, começou com os alimentos. Depois, vieram os aumentos do gás, dos combustíveis, da energia elétrica. O problema, segundo os economistas, é que a combinação de todas essas altas de agora foi explosiva.

“Antes, era muito pontual, a gente falava da questão propriamente da gasolina ou da energia elétrica. Agora, começa a aparecer outros produtos que começam a ficar mais caros. Quase uma metástase da inflação, dentro do tecido econômico. A gente tem visto esse processo se tornar ainda bastante agudo, e isso daí tem chamado a atenção de todos os economistas, o que gera uma preocupação muito grande, porque, apesar da atividade econômica estar muito fraca, o que poderia ajudar a controlar a inflação, a gente vê pelo contrário: uma situação de inflação persistente, por conta de altas pontuais, se transmitindo para o conjunto de preços”, explica André Perfeito, economista chefe da Necton.

“Existem outras pressões inflacionárias depois das que vieram de energia e alimentos. Então, está havendo, na verdade, uma inflação que se espalha porque ela está vindo em cadeia, em ondas sucessivas”, destaca o economista da FGV Robson Gonçalves.

Os focos da inflação continuam sendo habitação, alimentação e transportes - não só por causa dos combustíveis, mas também pelos aumentos dos preços dos carros. Mas já aparecem altas em artigos de residência - que incluem móveis e eletrodomésticos - , vestuário, despesas pessoais, saúde e comunicação. Isso é o espalhamento da alta de preços que preocupa os economistas.

O índice de difusão da inflação, que mede a quantidade de itens que subiram no mês em relação ao total pesquisado pelo IBGE, foi 55% em março de 2020. Mas veio subindo bastante e, em setembro, registrou o maior índice para o mês desde 2002: 68,9%. Isso significa que sete em cada dez itens pesquisados ficaram mais caros.

“Quando você tem alta de alguns preços, as famílias procuram se acomodar e se adaptar. Então, elas vão comer durante alguns meses menos arroz com bife e mais macarrão com frango. E à medida que esses preços se normalizam, elas voltam aos antigos hábitos. Quando você tem um índice de difusão muito elevado, acima de 50% e acima de 70%, indiscutivelmente é um processo de empobrecimento das famílias, porque as possibilidades de substituição acabam ficando muito limitadas. Portanto, nós estamos agora diante de uma inflação que tem um caráter muito mais crônico do que passageiro”, afirma Robson Gonçalves.

O economista André Perfeito explica ainda que tem mais um ingrediente para ser considerado: a retomada da atividade econômica depois do auge da pandemia.

“No primeiro momento, a gente viu choques muito específicos em setores ligados a alimento, energia - tanto faz elétrica, gasolina ou gás. Isso daí se espraiou pelo tecido econômico. E esse tecido econômico agora está ficando mais irrigado, justamente porque a economia está começando a abrir, tem outros processos melhorando. Só que a melhora pode se traduzir na validação desses preços, mostrando que a inflação se torna mais persistente e mais difícil de ser tratada”, diz.

G1/RN.

Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).

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