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sábado, 25 de setembro de 2021

NO RN, VALOR DA PRODUÇÃO DA LAVOURA TEMPORÁRIA CHEGA A 1,5 BILHÃO DE REAIS.

Seguindo a tendência nacional e do nordeste, a lavoura temporária continua em expansão no Rio Grande do Norte. Em 2020, a área plantada com esse tipo de cultura foi de 245.377 hectares, o que significa um acréscimo de cerca de 3 mil hectares em relação a 2019. De maneira similar, a área colhida em 2020 foi de 235.216 hectares, cerca de 1000 hectares a menos do que em 2019. 

Os dados são da Pesquisa de Produção Agrícola Municipal de 2020 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujos dados foram divulgados nesta semana. O levantamento traz informações sobre área plantada e colhida, rendimento médio da produção, quantidade produzida e valor total da produção de culturas temporárias e permanentes para todos os municípios que possuem atividade agrícola no país. Para o instituto são consideradas temporárias aquelas culturas de curta ou média duração – geralmente inferior a 1 ano –, em que após a colheita faz-se necessário iniciar um novo plantio. 
Apesar do pequeno incremento nos indicadores sobre o plantio, o valor da produção chegou a 1,5 bilhão de reais, o que equivale a um crescimento nominal de 18,8% em relação a 2019. No Nordeste, esse aumento foi muito maior, chegando a 44,7%. Este crescimento no valor da produção da lavoura temporária nordestina foi puxado principalmente pelos estados da Bahia e do Maranhão, que de 2019 para 2020 ampliaram seus valores em cerca de 7 e 3 bilhões de reais, respectivamente. 



Dentro do estado, houve destaque para Baía Formosa, Mossoró e Canguaretama, que estão entre as três maiores áreas plantadas e colhidas e também os maiores valores de produção. Mossoró responde sozinha por 17% do valor produzido com a lavoura temporária de todo o estado em 2020, o que corresponde a 267 milhões de reais. 

É importante salientar que, enquanto a área plantada na lavoura temporária em Baía Formosa e Canguaretama são quase que plenamente cobertas pela cultura da cana de açúcar, em Mossoró os principais cultivos são melão (8.300 he), melancia (2.500 he), feijão (2.300 he) e milho (2.200 he). 

Embora mais dividida em termos de cultura, Mossoró ainda tem como principal cultura temporária o melão, respondendo por 75,2% do valor deste tipo de produção no município (201 milhões de reais). 
Outro importante destaque da produção agrícola temporária do RN é a cidade de Arês, que expandiu sua área plantada em mais de 3 mil hectares em relação a 2019 (de 5.110 para 8.150), levando a um aumento, em termos nominais, de quase 50% no valor de produção de sua lavoura temporária (de 29 milhões para 43,5 milhões de reais). Esta expansão agrícola de Arês está relacionada ao aumento da produção de Cana de Açúcar, que responde por 95,7% da área plantada com culturas temporárias no município. 

Em 2020, a lavoura permanente também registrou aumento da área destinada à colheita e da área colhida em relação ao ano anterior. No primeiro caso, os agricultores potiguares dispunham de 82.123 hectares em 2020, o que representa um aumento de 577 hectares em relação a 2019. Apesar da expansão, esta área é metade da disponível para colheita em 2011 (160.842 ha). Houve também aumento da área colhida, com o RN saindo de 81.395 hectares em 2019 para 82.050 hectares em 2020.  Do total de área para colheita do Nordeste, o estado da Bahia detém 54% de todo o espaço destinado à cultura permanente na região.

A produção agrícola permanente do Rio Grande do Norte também se expandiu em relação ao ano anterior. Este tipo de lavoura teve um crescimento nominal de 14% em seu valor de produção, contribuindo para a economia do estado com cerca de 440 milhões de reais. Também neste indicador o estado da Bahia se sobressai, participando com 51% de todo o valor produzido pela lavoura permanente do Nordeste.

Touros aumenta o valor da produção da lavoura permanente em 37,6% 

O município de Touros-RN é o que mais contribuiu com o valor da produção da lavoura permanente no estado em 2020, representando cerca de 13% do total (57.6 milhões de reais). A cidade é seguida de Rio do Fogo (34,7 milhões), Baraúna (30,7 milhões), Pureza (30,7 milhões), Alto do Rodrigues (26,2 milhões) e Serra do Mel (25,2 milhões. 

Touros é destaque também por ter conseguido aumentar, em termos nominais, o seu valor de produção em 37,6% na comparação entre 2019 e 2020 (de 41,8 milhões para 57,6 milhões), mesmo mantendo praticamente a mesma área destinada à colheita de 2019. Outro município que se sobressaiu na produção de culturas permanentes foi Baraúna, que registrou um aumento nominal de 64,4%, saindo de 18,7 milhões em 2019 para 30,7 milhões de reais em 2020. O crescimento no valor de produção de Baraúna, por outro lado, acompanha a ampliação da sua área destinada à colheita (45%). 

Os produtos da lavoura permanente com maior participação no valor de produção do estado são banana (39,6%), Mamão (18,3%), castanha de caju (13,7%), côco-da-baía (10,8%) e Manga (9,8%). Enquanto a banana é o principal componente do valor de produção de Touros e Rio do Fogo, o mamão é o que possui maior relevância para Baraúna.                                                                                    G1/RN.                                               
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).

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