A subsidiária brasileira de energia renovável do Grupo Enel, Enel Green Power Brasil Participações Ltda. ("EGPB"), iniciou a operação comercial do parque eólico Cumaru, localizado no município de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. Com capacidade de 206 megawatts (MW), a planta vai gerar energia suficiente para abastecer uma cidade de 470 mil habitantes. A produção de energia do parque será integralmente fornecida ao mercado livre para venda a clientes comerciais, alavancando a presença integrada da Enel no País.
O empreendimento, que custou R$ 948 milhões, o equivalente a cerca de 184 milhões de dólares, é o primeiro de cinco projetos em construção pela Enel no País. Até o início do próximo ano, a companhia colocará em operação cerca de 1,3 mil MW de energia renovável no setor, resultado de um investimento de R$ 5,6 bilhões. Além de Cumaru, a Enel Green Power está concluindo três parques eólicos e um solar, todos no Nordeste, que somam 1,3 GW de nova capacidade.
No Piauí, está sendo construído o parque eólico Lagoa dos Ventos III (396 MW) e o parque solar São Gonçalo III (256 MW). Outros dois projetos eólicos – Morro do Chapéu Sul II (353 MW), na Bahia, e Fontes dos Ventos II (99 MW), em Pernambuco, também estão em andamento.
O parque inaugurado nesta quarta-feira (20) tem 49 aerogeradores instalados em uma área de 300 hectares, e em pleno funcionamento será capaz de gerar mais de 966 GWh, evitando a emissão de mais de 543 mil de toneladas de CO2 na atmosfera. Todos os equipamentos, segundo a empresa, foram fabricados no Brasil. O projeto demorou 13 meses para ser concluído, empregou 1.100 pessoas (80% da região) e foi antecipado em 15 dias - o que representa um alívio diante da crise elétrica por causa da baixa no nível dos reservatórios.
A atual crise hídrica, segundo a executiva responsável da Enel Green Power no Brasil, Roberta Bonomi, reforça a importância da diversificação da matriz energética no Brasil e as vantagens das fontes eólica e solar. “Iniciamos a construção do projeto Cumaru no segundo semestre do ano passado. A entrada em operação comercial do parque num curto espaço de tempo é uma demonstração da nossa capacidade de entregar projetos relevantes para ampliar sistematicamente a geração verde no país e contribuir para um sistema cada vez mais seguro, em que a complementariedade das fontes beneficia toda a sociedade”, diz.
A executiva da Enel destaca que as duas tecnologias (eólica e solar) hoje são bastante competitivas. “Isso demonstra um jeito mais rápido de dar uma solução estrutural a questão que estamos vivendo hoje no País”, afirma. Ela ressalta que a empresa tem no Piauí a maior planta solar da América Latina, com capacidade de geração de 864 MW. No Brasil, o Grupo Enel, por meio de suas subsidiárias EGPB e Enel Brasil, tem uma capacidade total instalada renovável de mais de 3,7 mil MW, dos quais 1,5 mil MW de fonte eólica, 979 MW de solar e 1,3 MW de hídrica.
A energia eólica tem dado grande contribuição ao País durante a atual crise elétrica. As usinas, a grande maioria instalada no Nordeste, foram responsáveis por até 21% da geração total. Isso ajudou a preservar água dos reservatórios e a garantir o abastecimento energético.
O evento que marcou o início das operações do complexo eólico teve da governadora do Estado, Fátima Bezerra, e de representantes da Enel, entre eles o Country Manager da Enel no Brasil, Nicola Cotugno; e a Responsável pela Enel Green Power no Brasil, Roberta Bonomi. “O investimento em geração verde é imprescindível neste momento de debates sobre as mudanças climáticas, com essa crise energética batendo na nossa porta. O novo parque eólico é uma conquista importante para o Rio Grande do Norte, para o país e para o mundo”, destacou a governadora.
Tribuna do Norte.
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