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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

SEGURANÇA PRIVADA DO RIO GRANDE DO NORTE PERDE 310 ARMAS. A MAIORIA DESSAS ARMAS CAEM NAS MÃOS DE BANDIDOS E FACÇÕES CRIMINOSAS.

As empresas de segurança privada no Rio Grande do Norte perderam 310 armas nos últimos cinco anos, segundo dados da agência Fiquem Sabendo obtidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI) junto à Polícia Federal. Roubadas, perdidas ou extraviadas, essas armas acabam em “mãos erradas” e facilitam o trabalho dos bandidos em ações criminosas, roubos, tentativas de assaltos e até mesmo homicídios. O número de armas perdidas corresponde a 9% de todas as armas registradas na PF pelas empresas do RN.

De acordo com os dados da Agência Fiquem Sabendo, o ano em que mais armas foram extraviadas foi em 2017, com 117 armas em todo o ano. O número caiu para 103 em 2018 e vem apresentando redução desde então: 46 em 2019, 30 em 2020 e 14 em 2021 (até 24 de agosto). 

Para a atual coordenadora do Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes do RN, Dalcilene Cabral, os roubos das armas têm acontecido em situações específicas, principalmente em locais em que os vigilantes não possuem estrutura de trabalho, o que facilita a ação dos bandidos. Ela explica ainda que nem todos os estabelecimentos permitem o uso da arma, como shoppings, hospitais, UPAs, entre outros. 

“Temos enfrentado problemas de postos de serviços vulneráveis. Isso a gente cobra da empresa terceirizada, do contratante para que sejam feitas melhorias nos postos de serviço onde nossos trabalhadores atuam. Tem postos que são perigosos, tomados por matagal, já teve época de vigilante ser esfaqueado, ter a arma tomada. O maior impacto é esse, a insegurança nos postos de trabalho”, lamenta. Ela estima que apenas 30% das armas roubadas são recuperadas. 

No mês passado, um criminoso foi baleado no peito, no ombro e no rosto ao tentar assaltar um vigilante no Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, Oeste potiguar. Segundo a Polícia Militar, o objetivo dos assaltantes seria tomar a arma do segurança, mas o profissional reagiu e atirou contra os criminosos.

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada no RN (Sindesp-RN), Edmilson Pereira, aponta que a redução no número de armas perdidas nos últimos anos pode estar atribuída a dois fatores: o primeiro deles é que as empresas estão promovendo uma reciclagem e treinamentos anuais aos vigilantes e que os bandidos não estariam mais interessados nas armas dos vigilantes, procurando arsenais mais “pesados”. 

“Atribuo a queda ao treinamento e capacitação dos nossos vigilantes através das empresas, treinamentos internos. Observamos ainda que os bandidos não se interessam mais por esse tipo de arma das empresas. Eles usam armamentos mais pesados”, explica. Por lei, esses trabalhadores só podem utilizar armas de calibre .38, bem como coletes a prova de balas. As armas, inclusive, são de propriedade das empresas.

Ainda de acordo com a  Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes do RN, Dalcilene Cabral, o impacto do roubo dessas armas é sentido diretamente na segurança pública do Estado.

“A maioria dessas armas que são tomadas caem nas mãos de facções criminosas”, completa. 

Tribuna do Norte.                             
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).                       

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