Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Procon-Natal revelou que a cesta básica está custando em torno de R$ 363,38 na capital potiguar. Com isso, muitos potiguares enfrentam problemas para equilibrar as contas no fim do mês. Entrevistados pelo Agora RN revelaram que as mudanças são notadas principalmente na alteração dos hábitos de consumo, já que alimentos adquiridos anteriormente não estão mais presentes nos carrinhos e sacolas – como a carne vermelha.
“Cada dia mais absurdo, né?! Um assalariado ou um pai de família que paga luz, água e internet, que todo mundo usa hoje em dia, não tem condições alguma de fazer uma feira para o mês. As vezes eu me pergunto: uma bandeja de ovos que a gente já comprou de R$ 9, até R$ 7 já chegou a comprar, hoje chega até R$ 18. E, cada dia mais, a gente vai vendo que a fome vai piorar, porque se a gente que trabalha já está sem condições de fazer uma feira para um mês inteiro, imagine uma pessoa que não tem esse trabalho”, disse a atendente de telemarketing Emanuely de Assunção.
Uma categoria também afetada é a dos comerciantes, que nem sempre tem uma renda fixa e dependem da mercadoria vendida no dia a dia, como mostra o relato do vendedor David Augusto. “Tudo está aumentando de uma só vez, praticamente de duas em duas semanas a gente tem a notícia que vai ter outro aumento e, quando vem, aumenta tanto a gasolina, quanto o gás de cozinha, quanto a conta de luz. E são coisas básicas para o brasileiro hoje que estão se tornando artigos de luxo”, comentou.
David ainda comentou sobre a crise econômica que atinge o País. “O Brasil já está passando por uma crise, mas isso pode se agravar muito e a chegar a casos que já chegaram em outros locais do mundo, aonde as pessoas simplesmente invadem supermercados e pegam as coisas que querem porque as coisas estão com um preço tão abusivo que elas não se importam mais sobre a lei, elas só querem sustentar a sua família”, frisou.
De acordo com a pesquisa do Procon, o aumento da cesta básica em relação ao mês de setembro foi de 4,71%. O estudo foi feito nas quatro semanas do mês, em 23 estabelecimentos de Natal, sendo atacarejos, supermercados de bairros e grandes redes de hipermercados.
“Não é só a comida, é comida, é gás, é energia e o salário? Aumentou alguma coisa? E as pessoas que não tem trabalho. A gente tem trabalho, a gente ganha um salário e falta, imagine quem não tem”, questionou a estudante Gabriely Costa.
Elza Maria Gomes é Dona de Casa e também tem mudado os hábitos de consumo. “Cada semana a gente percebe que está aumentando as coisas, principalmente com o aumento da gasolina, a gente percebe que sempre tem um aumento”, afirmou. Para ela, os maiores valores são encontrados em alimentos e no gás de cozinha.
Aumento da cesta básica
De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (3), o Procon constatou que os atacarejos são a melhor opção de compra da cesta básica dentre os estabelecimentos, uma vez que o custo foi de R$ 343,86, em relação ao mês anterior a pesquisa encontro um preço médio nesse seguimento de R$ 339,21, um acréscimo de R$ 4,65. Já nos supermercados de bairro o custo da cesta básica no mês foi de R$ 365,17, a pesquisa também encontrou um aumento de R$ 9,61 em relação ao mês de setembro, nas grandes redes de hipermercados o custo da cesta.
O órgão identificou uma redução significativa no seguimento dos hipermercados, e isso é devido à redução no valor total da cesta básica desse seguimento, ou seja, foram encontrados preços menores dos produtos pesquisados, e isso foi encontrado em dois hipermercados pesquisados. O cálculo ainda mostrou uma variação de (-5,83%) a comparação com a cesta dos hipermercados chega a uma variação de (-9,77%), uma economia em reais de R$ 37,24. Comparando também com a média no mês que foi de R$ 363,38 o consumidor tem uma economia de R$ 19,52..
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