Após cerca de 14 anos de atraso, o telescópio espacial James Webb foi lançado pela Nasa na manhã deste sábado (25). O equipamento é o maior e mais potente já lançado.
Com mais de US$ 10 bilhões investidos desde o início de seu desenvolvimento em 1996, o telescópio vai estudar as primeiras estrelas e galáxias que se formaram, o nascimento dos sistemas planetários e até mesmo as origens da vida.
Além disso, James Webb deve aumentar a compreensão sobre buracos negros e catalogar potenciais exoplanetas habitáveis mais facilmente.
Lançado a bordo de um foguete Ariane 5 a partir de Kourou, na Guiana Francesa, o novo equipamento será operado pela NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA).
Ele orbitará o sol a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra após uma viagem de um mês.
A expectativa é que o observatório seja o principal agente nos estudos do espaço profundo pela próxima década.
O lançamento e monitoramento do telescópio até sua saída da órbita da Terra foi transmitido através dos canais digitais da Nasa.
FUNCIONAMENTO
O James Webb é um telescópio infravermelho capaz de observar luzes de comprimentos de onda de 600 a 28 mil nanômetros.
Isso significa que ele consegue identificar objetos que emitem luz em todo o espectro, como regiões de formação estrelar, exoplanetas e galáxias distantes.
O Webb ainda possui uma estrutura diferente da usada em outros telescópios. Ele conta com um espelho formado por 18 hexágonos que aumentam a reflexão da luz infravermelha. Esse diferencial aumenta a área efetiva de observação.
HISTÓRICO
O James Webb foi idealizado em 1996 e a ideia, na época, era que seu lançamento acontecesse entre 2007 e 2011. No entanto, os custos do projeto e adiamentos do seu cronograma postergaram essa previsão até 2021.
Em 2011, o projeto do observatório passou por diversas mudanças, de forma que o lançamento foi revisto para 2018.
Naquele ano, a Nasa solicitou um período maior de testes dos instrumentos do telescópio, adiando mais uma vez o lançamento para 2020.
A pandemia foi responsável por um novo atraso nos planos que finalmente se concretizaram neste sábado (25).
O telescópio tem o nome do antigo dirigente da agência espacial norte-americana entre fevereiro de 1961 e outubro de 1968. James Webb também trabalhou no programa Apollo, além de ter feito diversas outras contribuições para a ciência. (Fonte:- G1). Compartilhe.
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).
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