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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

ALTA DE PREÇOS FOI MAIS INTENSA PARA MAIS POBRES, APONTA IPEA

A inflação em janeiro foi mais alta para famílias de renda muito baixa. Já as famílias de renda alta sentiram menos o aumento dos preços no primeiro mês do ano.

Os números são resultado do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda divulgado nesta terça (15). veja, abaixo, a inflação de janeiro para cada faixa de renda:

•Renda muito baixa: 0,63%

•Renda baixa: 0,62%

•Renda média-baixa: 0,58%

•Renda média: 0,53%

•Renda média-alta: 0,51%

•Renda alta: 0,34%

Já no acumulado dos últimos 12 meses, quem mais sentiu a alta de preços foram as famílias de renda média-baixa:

Renda muito baixa: 10,5%

•Renda baixa: 10,5%

•Renda média-baixa: 10,8%

•Renda média: 10,6%

•Renda média-alta: 9,9%

•Renda alta: 9,6%

Para as duas classes de renda mais baixas, os preços aumentaram em todos os grupos analisados no último mês: alimentos e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.

O grupo que mais puxou o aumento de preços foi o de alimentos e bebidas, principalmente devido às altas de preços de frutas, legumes, carnes, café e óleo de soja. Os alimentos representaram metade da inflação registrada para as famílias mais pobres.

Já entre as famílias de renda média-baixa e de renda alta, os transportes tiveram variação negativa. O alívio é explicado pela queda dos preços de combustíveis, passagens aéreas e transporte por aplicativo.

​Todas as faixas de renda tiveram desaceleração da inflação no mês: os preços subiram menos que nos dois meses anteriores.

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Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).

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