Muito tem se falado a respeito da candidatura do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) ao Governo do Rio Grande do Norte. Pouco tem se falado sobre o motivo dele permanecer em silêncio por tanto tempo diante de tanta especulação.
Se depender da vontade do tucano em vez de bater chapa ele fecha com um acordo com a governadora Fátima Bezerra (PT) com ele ou o deputado federal Walter Alves (MDB) de vice.
A governadora resiste a ideia temendo ganhar e não levar temendo um segundo governo marcado por ameaças de impeachment por qualquer motivo. O trauma da queda de Dilma Rousseff ainda está aceso nas cabeças petistas.
Fátima prefere um nome mais alinhado a ela como o atual vice-governador Antenor Roberto (PC do B), que além de não gerar ameaças também seria garantia de uma transição tranquila em 2026 quando a petista tentará retornar ao Senado.
Fátima até topou ceder na última sexta-feira quando sugeriu que o deputado estadual George Soares troque o PL pelo MDB e seja o vice dela. O parlamentar assuense é um aliado de primeira hora de 2018 e liderou a bancada governista no começo do mandato.
A ideia não avançou.
O que apuramos é que Ezequiel pediu um tempo para pensar e ficou de comunicar a decisão a governadora antes de torná-la pública.
Até a finalização deste texto (9h46) não havia qualquer agenda marcada entre Fátima e Ezequiel de acordo com fontes petistas e tucanas que consultamos.
Os fatos comprovam o que escrevo em relação ao que separa o tucano da candidatura própria e da aliança. Basta uma olhada nas redes sociais de Ezequiel para perceber que ele não age como um pré-candidato ao Governo, ainda mais de oposição. As notícias sobre ele envolvendo fatos concretos giram em torno do fortalecimento da nominata de deputado estadual do PSDB.
O plano A de Ezequiel é disputar a reeleição e pegar mais um biênio como presidente da Assembleia Legislativa. Tentar o Governo se tornará uma obrigação moral caso não chegue a um acordo com Fátima.
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