Os óleos de cozinha, que já tinham ficado mais caros durante a pandemia, voltaram a subir no Brasil.
A garrafa de 900 ml de óleo de soja em Goiás está custando, em média, R$ 11,14. Há dois anos, o mesmo produto era vendido a R$ 4,00.
Em São Paulo, o produto já subiu 5,1% entre fevereiro e março, mesmo em um momento de dólar em queda.
A quebra de safra por causa da estiagem no Sul do país valorizou o preço do grão. Mas outros motivos também explicam a escalada de preços.
Na Ásia, por exemplo, houve uma quebra na produção do óleo de palma, que é conhecido, no Brasil, como dendê. Ele é o mais consumido no mundo por ser o mais barato.
Já a guerra entre a Ucrânia e a Rússia afetou diretamente o preço do óleo de girassol porque os dois países respondem por 77% da exportação do produto.
Portanto, com a redução da oferta desses dois óleos, o mundo inteiro está em busca de um substituto: o óleo de soja.
"Quando eu tenho uma guerra, a primeira coisa que os países fazem é tentar estocar alimento, pois eu posso ter interrupção dessa cadeia. Segundo é: eu armazenar e ter o máximo de energia. Então, todos esses dois itens impactam o óleo de soja, que impactam toda a economia brasileira", diz o consultor de mercados da FGV Enio Fernandes.
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