A maioria das negociações de carros usados ou seminovos é feita de duas formas: o interessado adquirindo de alguma loja (agência independente ou concessionária) ou de um vendedor particular. Vamos deixar de lado outras modalidades de aquisição, como os leilões.
Seja lá qual for a decisão, o interessado precisa saber de algumas questões antes de sacramentar a transação para não cair em golpes ou fazer o carro novo virar um problema
1) Desconfie de preços muito abaixo da tabela
É muito raro um negócio em que o vendedor está desavisado sobre o preço ou baixa o valor do bem a quantias excessivamente baixas. Verifique se realmente é o caso. Isso pode ocorrer quando você está negociando carros com depreciação acentuada (eles existem) ou quando há pressa para realizar o negócio.
Se você não tiver referências sobre o vendedor, e se a oferta for boa demais, a sugestão é deixar passar o "negócio da China". Lojistas são obrigados a dar garantia de 90 dias em todos os carros que comercializam. E essa cobertura tem que ser total - nada daquela história de motor e câmbio.
Ao insistir em uma negociação em que o santo desconfia, pelo menos verifique o CNPJ da empresa e certifique-se de que o vendedor "existe" no papel e de que sua situação legal está regular. No caso de um particular, você não tem essa camada de segurança.
2) Jamais feche negócio sem ver o carro pessoalmente
Seja de loja, seja particular, tenha isso como um mantra. Mesmo com a facilidade de assistir a vídeos hoje em dia, isso não é garantia de nada. Só observando o veículo in loco para fazer uma análise crítica do seu verdadeiro estado de conservação.
3) Certifique-se da procedência
Leve algum profissional qualificado ou especialista para lhe ajudar na avaliação. Faça uma análise mecânica e até estrutural do carro com um mecânico de confiança.
Dificilmente o histórico do carro pretendido está disponível e, apesar de ser eticamente desejável, muitas vezes os vendedores não dizem se o carro sofreu acidentes ou passou por alagamento.
Por isso é importante solicitar o laudo cautelar, que é um relatório completo sobre o histórico do veículo. Ele não é obrigatório, mas é a forma mais segura de saber quão original e seguro está o carro, e se está aprovado para circular com segurança.
AS VANTAGENS E DESVANTAGENS ENTRE A NEGOCIAÇÃO PARTICULAR OU POR MEIO DE LOJISTAS
PARTICULAR
Prós: Mais margem para negociação, pois não há taxas nem comissões a vendedores, como nas lojas e concessionárias.
É relativamente fácil encontrar modelos bem conservados e há mais tempo para analisar o negócio com calma. Em uma loja, se você demora demais para fechar um suposto bom negócio, pode acabar perdendo a vez para outro cliente.
Contras: O Código de Defesa do Consumidor diz que somente os carros comprados em lojas revendedoras e concessionárias têm garantia de 90 dias. A compra e venda de veículo usado entre particulares, em regra, não é considerada uma relação de consumo, portanto não existe nenhum prazo de garantia.
LOJA
Prós: Normalmente, lojas e concessionárias têm parcerias com bancos e instituições financeiras para ajudar no financiamento do cliente. Além disso, elas cuidam da parte burocrática com despachantes, Detran, vistorias etc. E o melhor de tudo: há garantia de 90 dias para o carro.
Os preços tendem a ser mais altos e ter flutuação para cima quando o mercado apresenta alguma dificuldade de oferta. A tabela FIPE, por exemplo, é baseada nos preços praticados por lojistas, não pelas transações entre particulares.
Contras: O fluxo de gente vendendo veículos para lojas e concessionárias é muito grande. Muitas vezes carros em mau estado acabam entrando no estoque. Reparos estéticos podem mascarar problemas mecânicos, e, como a venda costuma ser rápida, os eventuais problemas vão aparecendo depois. Fonte:- Grupo Cidadão 190.
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