O ambulante Franklin Medeiros, de 28 anos, morador do bairro Santa Delmira, criou um estilo diferente de vender água mineral nos semáforos de Mossoró. Ele usa um traje de garçom para atrair a clientela. Nem mesmo o sol escaldante da Capital do Oeste desanima o comerciante.
Porém, todo esse esforço tem um objetivo: Franklin sonha em abrir o seu próprio negócio, uma loja de açaí, e se tornar um empreendedor. Para ele, a tarefa é árdua, mas mesmo diante de uma crise econômica que assola todo o país, Franklin não desiste do sonho.
Encontramos com ele no semáforo do cruzamento da Avenida João da Escóssia com a Rua Antônio Vieira de Sá, no bairro Nova Betânia, mais precisamente em frente à Praça do Rotary. Entre um sinal fechado e outro, ele permitiu alguns minutos para um bate-papo rápido.
A boa vestimenta chamou logo a minha a atenção e a de quem passava pela avenida João da Escossia, uma das mais movimentadas de Mossoró. Camisa, calça e sapatos sociais e uma gravata. O estiloso ambulante não se intimidou diante de uma temperatura de aproximadamente 40 graus. Para ele, todo esforço vale a pena.
"Eu tenho um sonho de montar o meu próprio negócio. Para isso eu percebi que era necessário ir para rua para trabalhar por conta própria. Trabalhando por conta própria, eu consigo ter mais recursos do que se eu estivesse trabalhando com carteira assinada, onde meu salário é limitado". explicou o ambulante.
Desempregado há mais de dois anos, Franklin conta que parte do dinheiro da venda da água é destinada para a montagem do açaí. A outra parte ajuda nas despesas dos pais. Segundo o ambulante, a inspiração para usar traje de garçom para vender sua água mineral no meio da rua, partiu de outro comerciante que ele viu na internet. “Na internet eu vi vários exemplos de pessoas vendendo água mineral, mas me inspirei em um que usa roupas de garçom e um balde com gelo. Pensei que poderia fazer o mesmo para que eu possa melhorar as minhas vendas”, justificou Franklin.
Franklin é mais um mossoroense que usou da criatividade e do marketing para vender seus produtos, mesmo diante de uma crise economia que atinge todo o país. A ideia do “Fique em casa, economia a gente vê depois” não combina para pessoas do perfil dele. Ismael Sousa.
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado).
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