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terça-feira, 9 de dezembro de 2025
NAS DÉCADAS DE 60, 70, 80, 90 E ATÉ O INÍCIO DOS ANOS 2000, EM MOSSORÓ ERA COMUM PEDIR E OFERECER CARONA.
Todo mossoroense e quem morou lá nesse período sabe que o serviço de transporte público sempre foi muito deficiente, principalmente nos bairros mais distantes. Pedir carona em Mossoró era comum. Era uma maneira como o mossoroense achava para sair mais rápido de casa e chegar mais rápido no trabalho ou nas escolas. Os ônibus demoravam muito a passar e, já vinham lotados. Nessa época, não existia a violência de hoje, nem a quantidade de veículos atualmente circulando. As bicicletas dominavam o trânsito, as motocicletas em segundo lugar, seguido por veículos automotores e até de tração animal. Trabalhadores e estudantes fardados esperavam nas paradas de ônibus, e era comum um ciclista, motociclista e motorista parar para oferecer carona, sempre aceita de bom grado, o que facilitava a vida de todos, sem falar na economia que os caroneiros faziam, pois naqueles tempos difíceis a grande maioria não tinham dinheiro para pagar o transporte coletivo. A cultura da carona institucionalizou-se de tal forma, que passou a fazer parte da cultura do povo do País de Mossoró. Sempre deu certo sair prá Cidade, prá o Centro ou outros lugares, dessa forma. A Comunidade era muito solidária. Conheci muita gente através da Carona. Já me conheciam também. Eu também estava sempre oferecendo carona na garupa da minha bicicleta, da motocicleta e posteriormente de carro. Antes peguei muita carona. Já sabiam prá onde eu ia. E, normalmente, eu também já conhecia os meus amigos da carona e seus destinos. As vezes, ficava no Centro, no SESI, SENAI, no Campus Universitário da FURRN, numa época que nem a Avenida Leste Oeste existia. Adiantava muito prá chegar no trabalho ou na aula. Muito obrigado a todos que me deram carona com toda a gentileza desse mundo. Muitos anônimos, os saudosos Walter Pereira Pinto (Walter Português), Chico Targino/espôso da Professora Helenita de Castro, Professor Hélio, Professora Felisbela, Lauro Monte Filho, Aldivon Simão do Nascimento, Chico de Neco Carteiro, Junior Alves, Waltemberg Moraes e tantos outros que não lembro seus nomes agora, mas sou eternamente grato. Foram muitas pessoas. Diversas vezes paravam pra me dar bom dia e dizer que hoje iriam para o lado oposto ao meu. Ou o carro tava lotado, mas, me davam um oi. Eu achava tudo muito lindo, moderno e bom! Aprendi a dar carona e, num mundo tão egoísta, logo que tirei a carteira de motorista em 1978, parava nos pontos de carona no Alto de São Manoel, nos Abolições, na Guararapes, no Centro, na ponte velha, subida para o Alto de São Manoel e, retribuí muito o carinho desses momentos. Claro que depois, ficou difícil dar carona prá qualquer pessoa. Mas, ações como essa sempre me encantaram. A felicidade de poder trocar conversas, ideias e a emoção de lembrar dessas pequenas coisas que enchem de alegria a nossa vida. E muitos dos meus amigos e amigas da época conheci nos pontos de carona. Em 2003 mudei de Mossoró para João Câmara e aqui não tinha e não tem essa cultura da carona. Sinto saudades desse tempo bom, onde a solidariedade era a tônica que nos movia. (Gilvan Leite).🤍🕊️👨🏼💻✒️
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