Todos que me conhecem sabem do amor que dedico aos meus sobrinhos. Para mim são como irmãos e filhos ao mesmo tempo. Nasci para ser Tiozão. Mas hoje, é mais um dia de saudade. Saudades do meu sobrinho Miguel Josino (Neto), que partiu desta vida em 19/05/2014, num acidente doméstico, exatamente num dia e hora que celebrava a vida com sua esposa, seus pais e um casal amigo.
Nasceu em Areia Branca, sentindo o cheiro do mar e das Salinas, muito amado pelos pais, avós, tios, familiares e amiguinhos, que já encheram sua casa no seu primeiro aniversário. Foi uma criança esperta, inteligente, sociável, nasceu com a vocação de fazer amigos.
Logo cedo seu pai Sebastião Leite e sua mãe Juranice Josino anteveram que Areia Branca seria pequena, para aquele menino inteligente, magrinho e inquieto e mandaram-no para Natal, em busca do seu destino. Em Natal o nosso menino se agarrou com os livros, estudou com dedicação e afinco se tornando grande. Tão grande quanto sua compleição física.
Se tornou um grande homem. Um advogado requisitado, um jurista competente e respeitado, um homem probo, justo, caridoso e despido de vaidade. Tornou-se referência nas letras jurídicas, deixando de presente para o Tribunal Regional do Trabalho a maior Biblioteca de temas jurídicos, de clássicos e de grandes mestres e escritores nacionais e internacionais, que alguém poderia amealhar.
Miguel Josino foi um cidadão do mundo. Viajava, viajava e viajava muito por todos os países e continentes do mundo em sua busca incessante pelo saber, adquirindo livros e CDs de clássicos e as melhores criações de gênios da humanidade, deixando um legado de conhecimento para todos que tiveram a felicidade de gozar do seu convívio e participar de suas aulas, onde, com despreendimento, compartilhava todo seu saber.
Em seu curto tempo terrestre granjeou admiração, confiança, respeito e liderança, sendo admirado e amado no meio educacional, político, social e sua despedida na Escola de Governo atraiu a maior legião de fãs, amigos, políticos de todos os matizes, familiares, gente do povo que foram prantear sua perda.
Hoje é só saudade, uma saudade que não passa, mas de conformação, pois sabemos que seu legado atravessará o tempo, servindo de exemplo para as gerações do futuro. Jamais será esquecido!. Seu tio, Gilvan Rodrigues Leite.