Mesmo com todos os entraves econômicos e sanitários causados pela pandemia, a Cooperativa de Desenvolvimento Rural Sustentável dos Produtores de Frutas do RN (Frutcoop) processou 1680 toneladas de caju em 2020, número 25% maior do que o produzido em 2019. Para atingir esse objetivo, o Governo do RN aplicou R$ 580 mil na construção de uma mini-agroindústria para uso da cooperativa localizada no município de São Vicente, no Seridó. O investimento foi feito por meio do Projeto Governo Cidadão e da Secretaria de Agricultura (SAPE RN), a partir do empréstimo junto ao Banco Mundial.
Exportar os produtos beneficiados das frutas do município e de toda a região da Serra de Sant’ana para o mundo sempre foi o sonho dos quase 70 cooperados. Desde 2013, esses produtores rurais lutam para crescerem e serem reconhecidos no mercado. E o reconhecimento veio. A entidade seguiu as normas sanitárias da pandemia com a sanitização do prédio, a medição de temperatura na entrada do estabelecimento, a disponibilização de álcool a 70% e de máscaras. Dessa forma, já no novo prédio, a Frutcoop chegou a este resultado positivo, superando o processamento do ano anterior, quando ainda funcionava em sede alugada e inadequada.
Na nova instalação, a cooperativa deu como contrapartida, a edificação da subestação de energia, a ligação da rede hidráulica à da concessionária, além da transferência e instalação dos equipamentos locados.
“Esse é o resultado de oito anos de luta e graças ao Governo Cidadão temos nossa indústria adequada e em sede própria. Um empreendimento que além de destacar nossa região no mercado, gera mais de 20 empregos diretos, fora os indiretos e a melhoria de renda dos nossos próprios cooperados”, comemorou Francisco Canindé da Costa, presidente da cooperativa, que completou: “Tem dias que chegamos a beneficiar uma tonelada de caju, que é a nossa maior produção.
AGRICULTURA FAMILIAR
Atualmente, cerca de 500 produtores rurais, da região Seridó, e também do Médio Oeste e Mato Grande, fornecem as frutas que são beneficiadas em polpa e suco integral, com variedades de caju, cajá, graviola, maracujá, acerola, goiaba, abacaxi e mangaba. Entre os compradores estão os estados de Sergipe, Alagoas, Paraíba e Ceará, neste último fornecendo, inclusive, matéria-prima para a deliciosa Cajuína São Geraldo, de Juazeiro do Norte. Além da polpa de frutas e do suco integral, as fibras das frutas são transformadas em doces e as castanhas de caju também estão sendo beneficiadas.
A renda média dos agricultores familiares fornecedores de frutas gira em torno de dois salários mínimos, durante oito meses da safra, que com as boas práticas e apoio das assistências técnicas, tem se estendido cada dia a mais.
“Para além de aquecer a economia da região, esse investimento tem fomentado e mantido a cadeia da agricultura familiar cada dia mais viva”, disse o secretário de Gestão de Projetos e Metas do RN e coordenador do Governo Cidadão, Fernando Mineiro, pontuando ainda que “se trata de mais um recorte de todo o trabalho integrado do Governo Fátima Bezerra”. SEDEC/RN.
Gilvan Rodrigues Leite (Gestor Público e Ambiental Aposentado)