Uma tragédia ambiental no Rio Trairi, no município de Lagoa Salgada, chocou moradores da cidade a 65 km da capital. Milhares de peixes aparecerem subitamente mortos, levando pelo menos um órgão até aqui, o Idema, a iniciar uma apuração.
De acordo com o órgão, pela análise preliminar, o desastre pode ter sido ocasionado pelo carregamento de sedimentos em razão das chuvas. Entretanto, só a análise laboratorial poderá afirmar essa tese. Ainda de acordo com o Idema, o Igarn irá fazer a coleta de água nesta quinta (17) para detectar que elementos presentes na água levaram à tragédia
Lixões.
Os primeiros vídeos nas redes sociais vieram acompanhados de comentários levantando a suspeita de que a tragédia teria algum relação com produtos químicos utilizados em uma fábrica de goma de mandioca. Mas o que tem chamado a atenção é que a região de que faz parte Lagoa Salgada vem sendo sistematicamente alvo de medidas de órgãos para adequamento à política de resíduos sólidos.
Em Monte Alegre, por exemplo, o Ministério Público do Rio Grande do Norte tem inquérito aberto para investigar a responsabilidade dos lixões detectados em zonas que não poderiam receber esses resíduos, e com destinação final feita de forma incorreta e ilegal.
O próprio Idema, no ano passado, detectou uma situação grave contra a Usina Ecoambiental, em Monte Alegre. O empreendimento estava atuando descumprindo as licenças e, principalmente, gerando poluição ambiental causada pela disposição de resíduos sólidos sobre o solo, conforme auto de infração.
A série de irregularidades detectadas pelo Idema foi considerada “grave”, especialmente também porque se detectou que a usina operava diferente do projeto que o órgão ambiental autorizou. A tragédia reforça ainda a necessidade de os municípios cumprirem a Política Nacional de Resíduos Sólidos. As cidades de regiões metropolitanas tinham até agosto de 2021 para cumprir as metas e erradicar lixões. Fonte:- Blog do Dina.