A grande maioria dos atuais candidatos a vereador, iniciantes na política, já sentiu a malandragem dos partidos.
Constatou a falta de apoio, a ausência de recursos, o direcionamento da coordenação, para os já vereadores.
Sente na pele a sacanagem.
Talvez, agarrados numa esperança sem nenhum fundamento, seguem na campanha, fazendo papel de bobos ou, por vergonha de desistir.
O problema é que, sem querer, estão fazendo o jogo do mecanismo, dividindo os votos, fragmentando a possibilidade de haver renovação de verdade.
Como os já vereadores tem seus votos de cabresto, os novos se matam entre si, garantindo a reeleição dos velhos caciques.
Um exemplo: em uma fábrica trabalham cem pessoas, são trezentos potenciais votos, considerando a família. Dessas famílias, dez foram cooptadas, através de favores por um vereador, usando a "máquina da prefeitura". Então, resta dividir os outros votos. Fragmentar o potencial de liberdade de escolha.
Pra isso, os partidos convidam um dos funcionários para candidatar-se. Assim neutralizam, por afinidade, os que estão livres. Esse, não vai se eleger, está limitado pelo círculo de amigos, mas elimina votos.
Se você realmente entrou na política para ajudar sua cidade, não permita ser instrumento da malandragem dos partidos, não divida os votos, olhe para o sistema com critério e perceba que para ajudar a cidade você não precisa do cargo, precisa de atitude e coragem.
Renunciar, neste caso, não é covardia, é serviço à democracia.
Ajude um colega que realmente tem chance de ser eleito, demonstre sua honesta vontade de ajudar a cidade. Não sirva ao "mecanismo"!
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